16 de novembro de 2012

Hoje é disto que me lembro


Das gargalhadas, dos bons momentos.
Quando penso na minha infância, e nos melhores momentos que fizeram dela a infância feliz de que me lembro, ela está lá.
Ainda hoje sorrio quando nos recordo, aos gaiatos todos, a entrar a correr em casa todos molhados da piscina, aflitinhos para ir à casa de banho, e deixar um rasto de água pela cozinha ou pela sala, pelos corredores. E de a ouvir a ela... a gritar connosco, a refilar por lhe molharmos a casa toda. E os bifes com batata frita, que nunca comi outros iguais.
Era vaidosa. Muito vaidosa. Era uma mulher muito vistosa. E fez parte da minha vida desde o primeiro dia.
Quando se chateava com o meu tio, eu dizia-lhe: «Não faz mal, titi. Quando eu crescer, levo-a a viver comigo e ele já não a chateia mais». Não foi preciso. 
Amanhã ela leva consigo um baton e um pedaço muito grande de mim.
Não é do meu sangue, mas há-de ser sempre do meu coração.

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